Transição de carreira: Como conduzir. Entrevista com Lisiane Coppetti.

Entrevista com Lisiane Coppetti

Profissional com vasta vivência organizacional, atuando na área de desenvolvimento humano, Consultora e Mentora de empreendedores e profissionais.

Lisiane veio falar um pouco sobre sua transição de carreira e seu trabalho como Consultora e Mentora.

• Primeiramente gostaria que você contasse um pouco da sua experiência profissional, um pouco sobre sua atuação como Consultora e qual seus principais escopos de trabalho:

Ao sair do mundo corporativo em 2019, onde havia atuado por mais de duas décadas junto à alta gestão e também na área de comércio exterior, tive que me redescobrir profissionalmente.

Passei por uma profunda jornada de autoconhecimento onde tive que redescobrir minhas próprias potencialidades e aptidões. Foi nesse momento que resolvi atuar na área de desenvolvimento humano, ciente de que poderia compartilhar toda a minha experiência profissional com pessoas que também estivessem buscando se reposicionar no mercado.

Hoje o foco do meu trabalho é atuar como consultora e mentora de empreendedores e profissionais que estejam revendo sua forma de atuação no mercado, seja com o objetivo de se posicionar de forma mais assertiva, insatisfação com a carreira atual, necessidade de se adaptar à diferentes demandas ou até mesmo mudanças pessoais.

O escopo da consultoria pode variar, dependendo das necessidades específicas de cada profissional, mas pode incluir as seguintes etapas:

1 – Avaliação e autoconhecimento – identificando potencialidades e perfil comportamental

2 – Comunicação assertiva e maestria pessoal

3 – Definição de objetivos e identificação de oportunidades dentro das habilidades e competências existentes

4 – Apoio na criação de currículo e perfil profissional

Naturalmente cada profissional é único e o escopo da consultoria deve ser personalizado para atender às necessidades individuais. Sabemos que o processo de transição e reposicionamento é desafiador, mas com o apoio adequado torna-se mais leve e efetivo.

• Como foi para você fazer uma transição de carreira após já ter uma carreira consolidada?

Foi desafiador. E foi nesse momento que senti a necessidade de recorrer a uma consultoria de transição de carreira e mergulhar num processo de autoconhecimento. Foi fundamental poder contar com alguém me ajudando a visualizar outras possibilidades de forma lúcida e imparcial e também  resgatar minhas próprias potencialidades e aptidões, tão necessárias para iniciar uma nova jornada profissional. Teria sido muito desgastante fazer essa mudança sozinha.

• Quais comportamentos você acredita que são indispensáveis para ser um talento requisitado pelo mercado de trabalho?

Ser proativo, adaptar-se às situações adversas que se apresentam a todo momento, comunicar-se com clareza, ser resiliente. Importante também ter equilíbrio das suas emoções, a tão falada “inteligência emocional”.

• Na sua visão, o que as pessoas que estão em dúvida sobre o futuro da sua carreira devem fazer?

Primeiramente, sugiro procurar uma ajuda profissional que irá conduzi-lo a um processo de autoconhecimento, onde serão identificadas suas verdadeiras potencialidades e competências. Muitas vezes não conseguimos ter esta percepção sozinhos. O consultor de transição de carreira é um profissional capacitado e pode aplicar ferramentas mundialmente validadas para essa finalidade. Juntos, podem avaliar diferentes possibilidades de atuação profissional onde possam ser utilizadas as aptidões identificada ao longo do processo. Isso certamente vai tornar o reposicionamento mais cauteloso e assertivo, evitando que sejam tomadas decisões precipitadas ou impensadas.

Caso a pessoa queira fazer a transição por conta própria, o primeiro passo é procurar fazer um lastro financeiro para suportar o período de mudança (pelo menos 6 meses). Simultaneamente, pesquise sobre a nova área desejada: mergulhe na leitura de livros, artigos e informações acerca do tema. Faça contato com pessoas que já atuam na área ou na empresa onde você quer atuar. Faça perguntas. Verifique se existem oportunidades na sua cidade para este ramo de atividade ou se uma mudança de cidade será necessária e, obviamente, qual a média salarial praticada na região. Penso que seja um bom começo!

• Qual seu conselho final para quem está infeliz no atual emprego?

Bem, a minha primeira dica é sempre buscar ajuda de uma consultoria em transição de carreira, pois o processo de autoconhecimento e a percepção das suas potencialidades é essencial quando se está infeliz.

De qualquer maneira, o início do processo sempre será procurar descobrir a razão de estar insatisfeito:

1 – É por causa do trabalho em si? Por exemplo: alguém que trabalhe com planilhas de excel num ambiente fechado e gostaria de trabalhar numa atividade mais dinâmica, interagindo mais com pessoas.

2 – É por causa do ambiente de trabalho? Tem um chefe difícil? Ou dificuldade de relacionar-se com os colegas?

3 – O salário é muito baixo?

4 – Ou você se sente pouco desafiado na sua função?

As razões podem ser inúmeras. Assim que você identificar o problema, valem as dicas mencionadas na questão anterior: primeiro, faça um lastro financeiro para suportar o período de mudança (pelo menos 6 meses). Simultaneamente, pesquise sobre a nova área desejada: mergulhe na leitura de livros, artigos e informações acerca do tema. Faça contato com pessoas que já atuam na área ou na empresa onde você quer atuar. Faça perguntas. Verifique se existem oportunidades na sua cidade para este ramo de atividade ou se uma mudança de cidade será necessária, qual a média salarial.

E boa sorte!

Agradecemos a Lisiane Coppeti pela entrevista cedida para nossa diretora Tatiana Cordeiro.